Com uma vida digna de filme, primeiro como bancário, morando em diversos estados brasileiros na expansão do sistema financeiro brasileiro, sendo funcionário público do Banco do Brasil, depois já como advogado, foi defensor de presos políticos, sofreu perseguição da Ditadura Militar (1964 a 1985), por anos e um atentado à bala em Mato Grosso em 1979, devido a sua atuação profissional, sendo que o disparo fatal em seu peito não teve um desfecho fatal porque a bala parou no seu anel de casamento. Tristão casou com Zulka Fernandes em 1950 e juntos tiveram 4 filhos, sendo Fernando Fernandy, Fernando Olinto, Fernando Humberto e Fernando Augusto.
Fernandes foi um profissional minucioso no atendimento aos seus clientes, seja pela sua história de luta em favor da democracia e por sua cordialidade. Com a formação universalista atuou em diversos campos do direito, mas com dedicação constante ao estado de direito democrático, para o qual tanto contribuiu. Fundou dois escritórios o Tristão Fernandes Advogados e Fernando Fernandes Advogados, com atuação em milhares de causas por todo o país.
Sua vida pode ser conhecida no livro sobre a sua trajetória na advocacia e na homenagem que lhe fizeram inúmeros colegas de profissão no livro Estudos em Homenagem a Tristão Fernandes.
Em 18 de setembro de 2021, Tristão faleceu e virou estrela. A sua partida aos 94 anos foi emocionante e contou com homenagens na OAB Federal dos estados do Rio de Janeiro e Mato Grosso, além de um sensível texto publicado na Folha de S. Paulo sobre a sua vida, com o título “Perseguido na ditadura, foi defensor de presos políticos”.